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By Ferramentas Blog

ENTREVISTA DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS ...
Rádio TOP MIX CTPM

Luciana: Mas então, o livro foi escrito da década de 60 com rumores de que foi uma história verídica, pra vocês que tiveram que estudar toda a história, vocês acham que Jorge Amado a todo tempo, descreveu a verdade ou usou um ar fictício pra chamar a atenção dos leitores?



Marcelo Faria: O livro foi escrito em 1966, a história se passa entre o final dos anos 30 inicio dos anos 40, na época que existiam os famosos malandros do chapéu panamá, terno branco. Por exemplo, o Dr. Theodoro que fazia os remédios, e os fabricava no próprio laboratório, vendia ali conforme o pedido das pessoas. È claro que o Jorge usou um pouco da licença poética porque, alguns personagens do livro foram personagens que existiram, a Flor existiu, o Theodoro existiu, o Vadinho existiu, mas em épocas diferentes, em situações diferentes, tem as coisas que ele inventa, porque é um romance, e romance sempre tem ficção, até porque para gente ter certeza que um espírito ficou na vida de uma mulher, durante tanto tempo é uma coisa que a gente, ás vezes acredita e às vezes não acredita.


Ana Caroline: Fernanda, você que está participando agora, com sua primeira peça como protagonista, não é a primeira vez que interpreta uma personagem um pouco picante, como por exemplo, a Genifer no filme “O homem que desafiou o diabo”, a partir da Genifer que você interpretou, você acha que deu pra tirar algum tipo de exemplo para você compor a personagem fogosa de Dona Flor?


Fernanda Paes: Olha na minha carreira eu já tive a oportunidade de interpretar papeis como a Genifer, tiveram outras, em AMAZÔNIA que eu fiz par romântico com o “Celo”, que eu fazia a Belinha, ela também era fogosa, mesmo elas sendo diferentes, em épocas diferentes, elas tinham essa pitada de sensualidade, eu acho que claro que isso ajuda quando a gente vai compor um outro personagem que também tem esse lado, mas cada um eu procuro descobrir a sensualidade de uma forma diferente, vem junto com a época também, a Dona Flor como o Marcelo falou, era na década de 40, então existe um pudor maior, existe algo que não é tão escancarado como se eu fosse interpretar a Dona Flor dos tempos de hoje, por exemplo, que talvez ela pudesse ser um pouco mais dada, então a gente empresta sim um pouquinho até da sensualidade que a gente acaba tendo natural, ou alguma coisa que a gente vê em um personagem pro outro, é normal isso e é bom também, porque a gente tem que descobrir varias coisas, então quando a gente já tem alguma coisa que pode facilitar, a gente usa.



Ana Caroline: Marcelo, e como foi inicialmente, trabalhar grande parte da peça em que você fica praticamente semi-nu, no inicio teve a questão do constrangimento, os fãs, como foi trabalhar com isso?


Marcelo Faria: É verdade, grande parte do espetáculo eu fico semi-nu, grande parte mesmo. Na verdade, o que mais me incomodou foi no inicio dos ensaios, pra ficar nu em alguns momentos da peça perante o meu elenco, porque a gente tava se conhecendo,eram pessoas que eu não tinha intimidade ainda, e a dificuldade foi ai, em ter que ficar nu em uma sala de ensaio, na frente de todo mundo, e eu era a única pessoa que ficava nu, mas a partir do momento que eu quebrei essa barreira com o meu elenco, com a minha equipe, passou a ser uma coisa natural, porque em cena eu to vestido do Vadinho, então eu não me incomodo em estar nu, eu me sinto super a vontade e o espetáculo conta essa historia, não é um Nu gratuito, não é um Nu que tem uma situação grotesca é um nu espiritual é um nu que ta num contexto da historia. A única hora que você não tem vergonha da nudez é quando você é criançinha, quando a pessoa ta doente, ou quando a pessoa ta morta que é o caso do Vadinho ele é um espírito então a pessoa ta morta ninguém fica preocupado se a pessoa esta nua, então é isso, é essa a situação que eu coloco dentro da minha cabeça pra mim não me preocupar.


Luciana: Cláudio para você que acabou de entrar na Peça, há poucas semanas como está sendo interpretar o THEODORO eternizado por Jorge Amado.


Cláudio Galvan: Olha foi um turbilhão, de uma hora para outra, o Marcelo e o Pedro Vasconcelos que é o diretor da peça me chamaram para fazer uma substituição meio de ultima hora, então tive que em uma semana meio que dá uma estudada correndo, eu já tinha assistido a peça e já gostava, mais assim foi meio turbilhão agora que já estou na quarta semana fazendo, já estou começando a me sentir mais a vontade, estou adorando, assim to me sentindo bem querido por todos e gostando muito de trabalhar nessa equipe toda; Só alegria mesmo, estou com muito prazer de fazer um texto desse, que é um texto lindo, alem de tudo de ser divertido é um texto muito bem escrito, fala sobre coisas muito profundas e com muito humor, então assim é uma catarse o publico vai lá e sai modificado sempre, agente não vê nunca começar um espetáculo que você pode olhar para a cara de qualquer um na platéia e você no final você realmente vê que aquela catarse foi realizada, todo mundo sai diferente.





Luciana: Você que já eternizou sua voz sendo dublador você acha mais fácil ficar por trás das câmeras sendo dublador ou no teatro cara a cara com o publico?


Cláudio Galvan: São dificuldades bem diferentes, não da para falar o que é mais difícil ou mais fácil, a dublagem é uma profissão muito difícil por varias coisas; Primeiro que a técnica de sincronizar e ao mesmo tempo interpretar é muito difícil não basta simplesmente colocar a voz naquela personagem, o personagem tem uma cara uma interpretação, cada personagem tem um tipo, então é um exercício muito bom pro Ator e também é uma profissão difícil, ela não é reconhecida porque você partir do momento que é dublador você tem que saber que você esta ali como um anônimo, você ta colocando a voz não é para mostrar que é você, são poucos casos em que o ator é reconhecido por ser dublador, no teatro tem essa coisa do ao vivo, então são dificuldades diferentes, mais são apaixonantes.



Ana Caroline: Pessoal o livro ele aborda temas bastante polêmicos o que teve na época bastante repercussão. Hoje com a bagagem de mais de 350 apresentações como vocês vêem a reação do publico ao passarem certas cenas da peça. Ocorreu uma quebra de Tabus, de quando o livro foi escrito até hoje ?


Marcelo Faria: Eu acho que o grande Tabu é a relação da mulher com dois homens, que ate hoje é uma situação que as pessoas no dia a dia condenam, de certo modo a nossa cultura brasileira é muito machista e nunca de uma mulher com dois homens é muito difícil isso acontecer naturalmente e não é o caso também porque a Flor não faz isso, ela não é Bígama na história ela não comete nenhum crime, porque ela casa com um primeiro e ele morre e ela se casa com o segundo e ai o primeiro aparece como um fantasma, mais é um tema polemico, mas é divertido demais e o publico adora.


Fernanda Paes: O publico se diverte é polemico, continua sendo, mas o que acontece ás vezes é agente depara com algumas situações engraçadas, é muito raro, mas por exemplo na ultima cidade que agente foi, tinha um casal que realmente agente via nitidamente que o cara estava incomodado, talvez pela nudez, por algum outro motivo, olha eu estou na peça desde de julho e foi a única pessoa na platéia que eu reparei que realmente ficou ali estressado; Mais de qualquer forma a peça é uma delicia é divertida muito boa de fazer e de assistir, eu antes de fazer eu tive oportunidade de assistir e as duas coisas são muito boas e realmente vale a pena ir lá no teatro e conferir.


Ana Caroline e Luciana: Marcelo Faria, Fernanda Paes Leme e Cláudio Galvan muito obrigada pelo tempo disponível e pela atenção, sem duvida a entrevista foi de grande importância para a Equipe de Rádio.




By: Ana Caroline Naves (301)

Luciana Cardoso (302)